Tradicionalmente mesmo empresas de médio a grande porte no Brasil não tem a prática de gerenciar os contratos que assinam, em geral invocando cláusulas contratuais quando há desgaste no relacionamento comercial das partes contratantes.
A adoção da prática da Gestão do Contrato propõe que de forma organizada todos os eventos do Contrato e suas características sejam acompanhados desde o início por profissional especializado e de preferência, mediante a utilização de sistema próprio para tal.
Gerenciar vai ainda muito além de saber quando um contrato se inicia ou se finda, passando principalmente por evitar a incidência de multas, manter um bom nível de serviço, evitar ações trabalhistas oriundas de prestadores e ainda manter bons parceiros comerciais, que otimizam a operação e melhoram a rentabilidade da empresa.
A gestão também diminui a burocracia, evita erros e ainda possibilita planejamento, trazendo impacto nas contas da companhia a curto prazo.
Nos Estados Unidos, a ação do CLM (Contract Lifecycle Management) pelas empresas é prática corriqueira, existindo diversos estudos sobre os ganhos, inclusive financeiros, da boa gestão contratual. No Brasil não é diferente; um estudo divulgado em 2010 pela Associação Nacional dos Gestores de Contratos, no qual 30% das corporações pesquisadas declararam que já tiveram perdas de até R$ 500 mil, ocasionadas por falhas na gestão documental.
Assim, considerando a importância do controle de custos para qualquer empresa, independentemente de seu segmento ou tamanho, a gestão de contratos certamente é uma prática a ser considerada.
Fonte: Ana Gabriela M. de Oliveira (jornaljurid.com.br)